
Com uma infância particularmente difícil nomeadamente pelo facto de os seus pais serem ainda adolescentes quando nasceu e ter sido violada por um vizinho aos 10 anos de idade, Billie Holiday, torna-se cantora por acaso quando aos 15 anos tentou se contratada como bailarina num bar do Harlem (Nova Iorque). A sua audição para bailarina revelou-se um desastre, mas o pianista perguntou-lhe se sabia cantar. Billie cantou e encantou, tendo sido contratada como cantora.
Sem qualquer tipo de formação musical, Billie Holiday "aprendeu" jazz recorrendo a gravações de Louis Armstrong e Bessie Smith.
Após três anos a cantar em diversas casas, atraiu a atenção do crítico John Hammond, que lhe possibilita a gravação do seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Pode-se afirmar que foi nesta altura que a sua verdadeira carreira teve início. A cantora começou a apresentar-se nas casas nocturnas mais importantes do Harlem (Nova Iorque).
Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie, tendo sido uma das primeiras cantoras negras a cantar com uma banda de brancos (Artie Shaw), numa época de segregação racial nos Estados Unidos da América (anos 30).
A sua carreira consagra-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Ted Wilson e ao lado de Louis Armstrong.
Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz de sua época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, a sua dicção, o seu fraseado e a sensualidade expressando uma incrível profundidade de emoção, aproximaram-na do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Foi Lester Young que a apelidou de Lady Day.
Em 1944 grava o trágico Strange Fruit (Fruta Estranha) que suscitou o escândalo pelo tema da segregação racial que abordava. Os "estranhos frutos" eram uma alusão aos cadáveres dos negros pendurados nas árvores.
Viciada no álcool e nos estupefacientes, foi presa e internada durante um ano (1947-48). O estupro sofrido enquanto criança marcou sempre a sua vida. Uma vida que a droga levou ao fim. A voz, dolorosamente trémula, torna-se áspera e o seu canto sensível torna-se amargo e artificial.
Embora não sendo um cantora preferencialmente de Blues, foi por muita crítica jazzística aproximada a Bessie Smith, enquanto herdeira da música do gueto negro e devido à sua existência penosa e atormentada.
Pouco antes de sua morte, Billie Holiday publicou sua autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
Billie Holiday morre em Nova Iorque a 17 de Julho de 1959.
Sem qualquer tipo de formação musical, Billie Holiday "aprendeu" jazz recorrendo a gravações de Louis Armstrong e Bessie Smith.
Após três anos a cantar em diversas casas, atraiu a atenção do crítico John Hammond, que lhe possibilita a gravação do seu primeiro disco, com a big band de Benny Goodman. Pode-se afirmar que foi nesta altura que a sua verdadeira carreira teve início. A cantora começou a apresentar-se nas casas nocturnas mais importantes do Harlem (Nova Iorque).
Cantou com as big bands de Artie Shaw e Count Basie, tendo sido uma das primeiras cantoras negras a cantar com uma banda de brancos (Artie Shaw), numa época de segregação racial nos Estados Unidos da América (anos 30).
A sua carreira consagra-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Ted Wilson e ao lado de Louis Armstrong.
Billie Holiday foi uma das mais comoventes cantoras de jazz de sua época. Com uma voz etérea, flexível e levemente rouca, a sua dicção, o seu fraseado e a sensualidade expressando uma incrível profundidade de emoção, aproximaram-na do estilo de Lester Young, com quem, em quatro anos, gravou cerca de cinquenta canções, repletas de swing e cumplicidade. Foi Lester Young que a apelidou de Lady Day.
Em 1944 grava o trágico Strange Fruit (Fruta Estranha) que suscitou o escândalo pelo tema da segregação racial que abordava. Os "estranhos frutos" eram uma alusão aos cadáveres dos negros pendurados nas árvores.
Viciada no álcool e nos estupefacientes, foi presa e internada durante um ano (1947-48). O estupro sofrido enquanto criança marcou sempre a sua vida. Uma vida que a droga levou ao fim. A voz, dolorosamente trémula, torna-se áspera e o seu canto sensível torna-se amargo e artificial.
Embora não sendo um cantora preferencialmente de Blues, foi por muita crítica jazzística aproximada a Bessie Smith, enquanto herdeira da música do gueto negro e devido à sua existência penosa e atormentada.
Pouco antes de sua morte, Billie Holiday publicou sua autobiografia em 1956, Lady Sings the Blues, a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
Billie Holiday morre em Nova Iorque a 17 de Julho de 1959.
Alberto Velez Grilo
Texto Baseado em artigos da wikipedia e no livro - Os caminhos do Jazz - de Guido Boffi
Foto: www.sonymusic.com
2 comentários:
Boas, muito boas férias para ti Alberto.
beijinhos e feliz regresso.
Zélia
Obrigado Zélia.
Umas boas férias também para ti. E com muita música.
Beijinhos
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