terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Elis Regina


Elis Regina Carvalho Costa nasceu em Porto Alegre no Brasil, a 17 de Março da 1945.

Começou a sua carreira de cantora com apenas 11 anos de idade, num programa para crianças de uma rádio local.

Gravou o primeiro disco "Viva a Brotolândia" em 1961 com 16 anos.

Logo nesta altura, Elis Regina começou a afirmar-se como uma das maiores vozes do Brasil, com uma escolha muito cuidadosa de reportório, que incluía os grandes autores compositores dos estilos Bossa Nova e MPB (Música Popular Brasileira).

Durante os anos 60, 70 e 80, Elis construiu uma carreira bastante sólida, baseada no perfeccionismo técnico e na emoção e energia que transmitia nos seus concertos.

Da sua curta, mas assombrosa carreira, destaca-se em 1975 o espectáculo "Falso Brilhante", que mais tarde originou um disco com o mesmo nome e que ficou um ano em cartaz com perto de 300 apresentações. Desatacam-se também as suas participações em várias edições do "Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) e no especial "Mulher 80" (Rede Globo).

Um outro mérito de Elis Regina, foi ter lançando vários compositores brasileiros desconhecidos até então. Nomes como Milton Nascimento, Renato Teixeira, Gilberto Gil e João Bosco, hoje amplamente conhecidos, muito devem à cantora a sua apresentação e aceitação dos públicos brasileiro e internacional.

Ao lado de uma carreira brilhante, Elis criticou muitas vezes a ditadura Brasileira (Anos de Chumbo) e a perseguição política que era feita pelo regime aos músicos. Diz-se que foi a sua popularidade que a manteve fora da prisão.

Políticas à parte, Elis Regina ficará para a história como uma cantora de grande qualidade técnica e com um sentido artístico muito apurado. Temas como Arrastão, Corcovado, Aquarela do Brasil, Águas de Março e Rebento, entre outros, ficarão para sempre gravados na memória do publico brasileiro e internacional que tanto a apreciou.

Elis morre no dia 19 de Janeiro de 1982 aos 36 anos, devido a problemas de saúde relacionados com o abuso de drogas e alcoól.


Alberto Velez Grilo

Foto: atuleirus.weblog.com.pt
Texto baseado no livro Os Caminhos do Jazz de Guido Boffi.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Alberto Grilo,
Antes de mais gostaria de agradecer o facto de ter tido em conta a minha sugestão.
Em segundo lugar dizer que foi muito feliz o tributo que lhe prestou no seu programa e muito assertivo na escolha do CD e DVD de apresentação.
Em terceiro lugar aproveitar a oportunidade de referir a paixão de tenho pela Elis Regina, pelo seu trabalho, pela pessoa,... Tenho sempre muita deficuldade em defini-la. Um conselho? Porque não ouvem e depois vão perceber o que eu estou a dizer.
Um bem haja ao programa.