Porque é Natal e porque o final de 2007 se aproxima a passos largos, o último Lado a Lado com a Música do ano é inteiramente dedicado a uma das maiores vozes líricas de sempre. Luciano Pavarotti.
Nascido no ano de 1935 em Modena no norte de Itália, Pavarotti desde cedo manifestou o seu interesse pela música e pelo canto. O pai tinha, segundo o próprio, uma excelente voz de tenor e possuía uma vasta colecção de gravações das melhores vozes da altura.
Abandonando o desejo de se tornar futebolista (nomeadamente guarda-redes), Pavarotti inicia os seus estudos musicais aos 19 anos de idade com Arrigo Pola, um tenor profissional e respeitado professor em Modena. Mais tarde, Pola abandona Modena e Pavarotti continua os seus estudos com Ettore Campogalliani.
A estreia como cantor profissional ocorre em Abril de 1961 numa récita da ópera La Boheme de Puccini no Teatro Municipale em Regio Emilia. Em 1963 estreia-se em Viena e Londres, também em La Boheme.
Embora obtendo algum sucesso nos palcos europeus, o estrelato no mundo da ópera surge numa digressão na Austrália para a qual foi convidado por Joan Sutherland (soprano de quem falaremos no Lado a Lado com a Música oportunamente). O casal fez sucesso nas mais de 40 apresentações realizadas e viria a triunfar mais tarde nos palcos europeus e americanos.
Em 1966, depois de uma récita da ópera La Fille du Regiment de Donizetti ocorrida na Royal Opera House de Londres é-lhe atribuído o "título" de Rei dos Dós de Peito (o dó de peito é um dó agudo a plena voz, que representa um grau de dificuldade elevado para os tenores).
No final dos anos 60 e décadas de 70 e 80, o tenor triunfa mundialmente nos teatros de ópera. A sua presença numa récita era garantia de casa cheia. Interpreta os mais variados papeis em óperas de Donizetti, Bellini, Puccini e Verdi, entre outros.
Embora com um sucesso estrondoso nos palcos de ópera, é só em 1990 que Pavarotti se torna universalmente aclamado quando interpreta "Nessum Dorma" da ópera Turandot de Puccini na abertura do Mundial de Futebol de Itália. A ária torna-se, assim, mundialmente conhecida como a imagem de marca de Pavarotti.
No encerramento deste evento desportivo o tenor junta-se a Plácido Domingo e José Carreras dirigidos por Zubin Mehta num concerto memorável nas antigas Termas de Caracalla em Roma. Nasciam os "Três Tenores".
A década de 90 foi marcada por concertos a solo que arrastaram multidões. Destacam-se o famoso concerto de Hyde Park em Londres a que assistiram mais de 150.000 espectadores e o concerto do Central Park em Nova Iorque com 500.000.
Além de concertos a solo e com Plácido Domingo e José Carreras, Pavarotti associou-se a causas humanitárias em famosos concertos com estrelas do pop - "Pavarotti and Freinds". Curiosamente, mesmo neste concertos, Pavarotti abordou sempre todos os temas de uma forma lírica, ao contrário do que acontece com muito cantores líricos que, para ganharem popularidade, alteram a sua voz.
Depois do ano 2000, Pavarotti começa a aparecer menos no palcos operáticos, mas mantém concertos a solo pelo mundo inteiro. No início de 2006 é obrigado a cancelar uma tourné pelos Estados Unidos e Canadá devido a problemas de saúde.
A 6 de Setembro de 2007, Pavarotti morre na sua casa em Modena. Cala-se, assim, uma das maiores vozes líricas de sempre. A sua arte continuará, no entanto, a poder ser apreciada por todos nós, através do vasto legado por si deixado em vídeo e áudio.
Algumas curiosidades sobre Luciano Pavarotti
- Detém dois Records do Guinness, um por receber o maior número de chamadas a palco (165) e outro pelo albúm clássico mais vendido (In concert pelos Três Tenores);
Nascido no ano de 1935 em Modena no norte de Itália, Pavarotti desde cedo manifestou o seu interesse pela música e pelo canto. O pai tinha, segundo o próprio, uma excelente voz de tenor e possuía uma vasta colecção de gravações das melhores vozes da altura.
Abandonando o desejo de se tornar futebolista (nomeadamente guarda-redes), Pavarotti inicia os seus estudos musicais aos 19 anos de idade com Arrigo Pola, um tenor profissional e respeitado professor em Modena. Mais tarde, Pola abandona Modena e Pavarotti continua os seus estudos com Ettore Campogalliani.
A estreia como cantor profissional ocorre em Abril de 1961 numa récita da ópera La Boheme de Puccini no Teatro Municipale em Regio Emilia. Em 1963 estreia-se em Viena e Londres, também em La Boheme.
Embora obtendo algum sucesso nos palcos europeus, o estrelato no mundo da ópera surge numa digressão na Austrália para a qual foi convidado por Joan Sutherland (soprano de quem falaremos no Lado a Lado com a Música oportunamente). O casal fez sucesso nas mais de 40 apresentações realizadas e viria a triunfar mais tarde nos palcos europeus e americanos.
Em 1966, depois de uma récita da ópera La Fille du Regiment de Donizetti ocorrida na Royal Opera House de Londres é-lhe atribuído o "título" de Rei dos Dós de Peito (o dó de peito é um dó agudo a plena voz, que representa um grau de dificuldade elevado para os tenores).
No final dos anos 60 e décadas de 70 e 80, o tenor triunfa mundialmente nos teatros de ópera. A sua presença numa récita era garantia de casa cheia. Interpreta os mais variados papeis em óperas de Donizetti, Bellini, Puccini e Verdi, entre outros.
Embora com um sucesso estrondoso nos palcos de ópera, é só em 1990 que Pavarotti se torna universalmente aclamado quando interpreta "Nessum Dorma" da ópera Turandot de Puccini na abertura do Mundial de Futebol de Itália. A ária torna-se, assim, mundialmente conhecida como a imagem de marca de Pavarotti.
No encerramento deste evento desportivo o tenor junta-se a Plácido Domingo e José Carreras dirigidos por Zubin Mehta num concerto memorável nas antigas Termas de Caracalla em Roma. Nasciam os "Três Tenores".
A década de 90 foi marcada por concertos a solo que arrastaram multidões. Destacam-se o famoso concerto de Hyde Park em Londres a que assistiram mais de 150.000 espectadores e o concerto do Central Park em Nova Iorque com 500.000.
Além de concertos a solo e com Plácido Domingo e José Carreras, Pavarotti associou-se a causas humanitárias em famosos concertos com estrelas do pop - "Pavarotti and Freinds". Curiosamente, mesmo neste concertos, Pavarotti abordou sempre todos os temas de uma forma lírica, ao contrário do que acontece com muito cantores líricos que, para ganharem popularidade, alteram a sua voz.
Depois do ano 2000, Pavarotti começa a aparecer menos no palcos operáticos, mas mantém concertos a solo pelo mundo inteiro. No início de 2006 é obrigado a cancelar uma tourné pelos Estados Unidos e Canadá devido a problemas de saúde.
A 6 de Setembro de 2007, Pavarotti morre na sua casa em Modena. Cala-se, assim, uma das maiores vozes líricas de sempre. A sua arte continuará, no entanto, a poder ser apreciada por todos nós, através do vasto legado por si deixado em vídeo e áudio.
Algumas curiosidades sobre Luciano Pavarotti
- Detém dois Records do Guinness, um por receber o maior número de chamadas a palco (165) e outro pelo albúm clássico mais vendido (In concert pelos Três Tenores);
- Passou a usar um lenço branco em todos os seus recitais, depois de numa récita da ópera Otello de Verdi se ter sentido indisposto e nervoso (devido a uma ligeira constipação) e ter entrado em palco com o dito lenço por forma a sentir-se mais confortável e para poder ulizá-lo caso fosse necessário;
- Actuou duas vezes em Portugal. Em 13 de Janeiro de 1991 no Coliseu de Lisboa num concerto denominado "Uma Noite com Luciano Pavarotti" e em 21 de Junho de 2000 no estádio de S. Luís em Faro onde interpretou árias de Cilea, Pucinni, Mascagni e Verdi e algumas canções Napolitanas acompanhado pela Orquestra do Norte.
Alberto Velez Grilo
Foto: www.martinlawrence.com
- Actuou duas vezes em Portugal. Em 13 de Janeiro de 1991 no Coliseu de Lisboa num concerto denominado "Uma Noite com Luciano Pavarotti" e em 21 de Junho de 2000 no estádio de S. Luís em Faro onde interpretou árias de Cilea, Pucinni, Mascagni e Verdi e algumas canções Napolitanas acompanhado pela Orquestra do Norte.
Alberto Velez Grilo
Foto: www.martinlawrence.com
1 comentário:
Mais uma vez saúdo o apresentador da rubrica Alberto Velez grilo.
É com muito prazer que digo que a homenagem a Luciano Pavarotti foi bem merecida, pois foi o homem do povo como referiu no programa e a qual eu concordo. Pois aquela voz nunca será esquecida como também o "testamento" que nos deixou, que foi as suas lindíssimas operas, as suas canções e os lindíssimos concertos como os três tenores. Pavarotti, foi, é, e será sempre recordado na nossa mente como no nosso coração.
Alberto Grilo, digo lhe que gostei da apresentação do cd e do dvd e digo lhe ainda que me despertou curiosidade quando falou no cd e também no dvd.
Termino dizendo lhe que continue a falar destes cantores pois eles bem merecem e é com uma alegria que termino este meu comentário dizendo que Viva Pavarotti para todo o sempre, não o temos connosco mas o temos na nossa mente e no nosso coração.
Viva PAVAROTTI.
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